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Sem título
1981/83. Óleo s/ papel cartão, 73x102 cm





Limites


Por Gerwald Sonnberger

Um dos raros artistas austríacos contemporâneos de renome internacional, Arnulf Rainer é também um dos mais inovadores. Embora seja um grande individualista em termos de desenvolvimento artístico, seu trabalho pode ser interpretado tendo em mente as características do movimento da arte moderna austríaca. Enquanto outros jovens artistas europeus do início do século XX orientavam-se por Paris e pelo novo ponto de vista 'externo' do cubismo, os artistas de Viena descobriam a existência humana 'interna': a alma, o poder dos instintos e o inconsciente. A partir disso, artistas como Kokoschka, Schiele e Gerstl criaram suas próprias técnicas e formas de representação.

Pode ser que o freqüentemente citado Weltuntergangsstimmung (ânimo de fim de mundo) do decadente império dos Habsburgo fosse o responsável pela tendência à melancolia, ao sentimentalismo, à "alegria de vida barroca e à ânsia da busca da morte" (o que se tornou um clichê). Ou quem sabe as centenárias misturas de nações e culturas ou a forte influência da Europa do leste no império austro-húngaro. Qualquer que fosse a causa, o fato é que em Viena, por volta de 1900, uma geração inteira de artistas estava procurando uma intensa confrontação com a psique humana. Isso não acontecia somente nas artes visuais, mas também na literatura e na música. Em Viena, nesse mesmo período, Sigmund Freud desenvolvia suas teorias, o que novamente comprova a existência de uma tendência latente, dirigindo-se no sentido da análise do eu.

O expressionismo austríaco é diferente, em suas raízes, do expressionismo alemão, que se inclinava mais para o critério formal. Os exemplos internacionais do período não eram nem Cézanne nem a arcaica influência dos primitivos, mas a arte sensual de Van Gogh e Munch.

Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de debate internacional sobre arte, que havia sido radicalmente interrompido, recomeçou na Áustria. A 'tendência austríaca' foi logo novamente sentida. Hoje podemos dizer que, desde 1945, a arte do país, apesar de diversas outras manifestações, gravita em torno dos temas existenciais. Desde o expressionismo abstrato até o actionism, passando pelas instalações com computadores, a arte visual austríaca pode ser principalmente descrita como meditativa, ritualística, cerimonial e quase sacra.

A arte de Rainer deve ser entendida dentro dessa estrutura: trata-se de uma expedição em busca das causas e das limitações da expressão artística, uma descoberta, uma expansão, uma visualização das estruturas instintivas e comportamentais do inconsciente a caminho da realização do eu.

Arnulf Rainer nasceu em Baden, próximo a Viena, em 1929. Artista autodidata, freqüentava as academias vienenses e, após poucos dias, abandonava todas, mergulhando na arte dos surrealistas e realistas fantásticos de Viena. Durante os anos 50, procurou reduzir suas imagens a figurações radicalmente simplificadas e condensadas. Ainda fez experimentações com pintura automática - deixando sua mão pintar sem uma direção mental consciente. Levou suas idéias reducionistas ainda mais longe e começou a pintar sobre suas próprias imagens, criando uma vigorosa tensão física. Essa pintura sobreposta foi feita em cores escuras e estendida sobre e acima das bordas dos quadros. Foi essa experimentação que abrangeu seu primeiro período mais importante, no qual Rainer conseguiu expandir significativamente todas as possibilidades prévias e derrubou as diversas limitações impostas pelo suporte da pintura. Ele descobriu a linguagem do corpo como meio de expressão artística por intermédio de seus primeiros ensaios com pintura automática. Rainer prosseguiu expandindo os próprios auto-retratos até o limite: experimentou narcóticos. Paralelamente, realizou performances com outros artistas, como Dieter Roth. Fez pintura com o dedo e com o pé, e tentou desenvolver atividades de pintura com chimpanzés. Pintar e esboçar essas pessoas consideradas doentes mentais - arte bruta - causou profundas descobertas nos outros níveis da emoção humana. O uso da linguagem do corpo como forma de expressão humana e a busca do eu tornaram-se forças essenciais em seu trabalho. Também atuaram como forças que o conduziram à revisão das obras anteriores. A partir de uma fotografia - uma momentânea e achatada representação de um movimento suspenso -, ele intensificou os elementos teatrais com pinceladas intuitivas e expressivas, mostrando conexões invisíveis, pontos centrais e tensão em imensas e poderosas linhas. Ao fazê-lo, ele sensivelmente - consciente ou inconscientemente -, aproximou-se das filosofias e curas orientais, ambas construídas a partir da percepção de correntes físicas, aura, harmonia do som, chakra.

É conseqüência lógica que ele trouxesse aos limites de sua exploração a última forma de expressão humana - a morte. Essa 'documentação da expressividade humana final' deu origem a uma série de máscaras mortuárias e cadavéricas. O tratamento concedido às fotografias de representações esculturais da cabeça e da figura do Cristo - geralmente dos períodos romano e gótico - ilustra uma nova e diferente maneira de manipular a iconografia do Cristo: com sofrimento, desespero e esperança. Rainer foi capaz de ampliar algo que havia se tornado um inflexível símbolo religioso em suas versões, freqüentemente em tamanho natural, de crucifixos e da própria crucificação, imbuindo-os de seu novo e ampliado senso espiritual.

Freqüentemente, Rainer enfocou figuras da história da arte. Isso mostra que ele também é atraído pela obra de artistas que até certo ponto trabalham sobre suas próprias personalidades. Produziu versões revisadas de fotografias de gravuras de Rembrandt e de obras de Goya e Schiele.

Atualmente, o caminho seguido pelo artista é representado pelo quadro Kosmos, em que ele aproxima antigas explorações sobre as estruturas da natureza e das plantas, em uma conexão causal e, portanto, cósmica.

Ele ainda está sempre em regiões limites, passando a ocupar novos territórios e será, no futuro, um artista com importantes contribuições a dar, indo sempre mais longe na arte européia.



















































Cronologia

1929
Arnulf Rainer nasce em Baden, próximo a Viena.
1940/44
Freqüenta a escola de sua cidade, e deixa-a porque lhe dizem para desenhar inspirando-se na natureza.
1948
Descobre as teorias surrealistas, que passam a influenciar muito seu trabalho.
1949
É aceito na Hochschule für Angewandte Kunst e na Akademie der Bildenden Künste, em Viena, que freqüenta por apenas três dias.
1950
Conhece Ernst Fuchs, Anton Lehmden e Arik Brauer, Wolfgang Hollegha e Josef Mikl. Esses artistas pertencem ao Hundsgruppe (Grupo do Cachorro).
1951
Na inauguração de uma mostra do Hundsgruppe, Rainer insulta o público. Ele rejeita o estilo surrealista fantástico e passa a se interessar por microestruturas e pela destruição das formas. Viaja a Paris, onde visita André Breton; fica bem impressionado pela obra de Willem de Kooning, Georges Mathieu, Jackson Pollock e Jean-Paul Riopelle. Seu últimos desenhos da série Optical Decentralization são tão densamente cobertos por linhas que quase se tornam uma superfície solidamente negra. Rainer trabalha com os olhos fechados e cria Blindmalerei (Pinturas Cegas) e pinturas automáticas.
1953/59
Conhece o padre católico Monsignore Otto Mauer que funda a Galerie nächst St. Stephan em Viena, onde Rainer expõe de 1956 a 1970. Ele explora os problemas da proporção e da divisão. De 1953 a 1954 cria as primeiras Photoposen (Fotoposes) dele mesmo. Inicia estudos sobre misticismo, que dá continuidade ao longo de toda a vida, e passa a se interessar pela idéia de apagar obras-de-arte já existentes. De 1953 até 1964 Rainer executa seus trabalhos mais conhecidos, os Öbermalungen (Sobrepinturas), nas quais cobre pinturas suas e de outros artistas com camadas monocromáticas.
1959/64
Cria desenhos automatizados com crayons a óleo traçando e retraçando linhas até cobrir completamente a superfície dos trabalhos. Sam Francis, Emilio Vedova, Mathieu e Victor Vasarely contribuem com pinturas a serem cobertas por pinturas feitas por Rainer. Participa da exposição Monochrome Malerei no Städtisches Museum em Leverkusen.A partir de 1964 trabalha em estúdios em Berlim, Munique e Colônia. Em 1964 inicia experimentos com alucinógenos.
1968
Faz as primeiras fotos Face Farce. Retrospectiva no Museum des 20. Jahrhunderts, em Viena.
1969
Explora cada vez mais aspectos da linguagem corporal; posa para fotos de si mesmo (enfatizando expressões faciais e linguagem corporal) sobre as quais desenha para enfatizar expressões.
1970
Executa várias séries de desenhos e pinturas sobre fotografias tais como Frauenposen (Mulheres Posando), Kunst auf Kunst (Arte sobre Arte), Totenmasken (Máscaras da Morte) e Leichengesichter (Faces do Corpo).
1971
Primeira retrospectiva na Alemanha, no Kunstverein Hamburg; participa da Bienal de São Paulo.
1973
Executa as pinturas gestuais Handmalerei (Pinturas à Mão) e Fingermalerei (Pinturas a Dedos).
1977
Preocupação com temas de morte (Totenmasken, Leichengesichter e Mumien/Múmias).
1978
Representa a Áustria na Biennale di Venezia.
1980
Adquire estúdios no norte da Áustria e na Bavária e retoma as séries Handmalerei e Fingermalerei, exibidas na Documenta nº 7, de 1982, em Kassel. Retorna aos temas religiosos em Kreuz (Cruz).
1981
Professor da Akademie der Bildenden Künste em Viena; recebe o prêmio Max Beckmann em Frankfurt, torna-se membro da Akademie der Künste de Berlim. Trabalha em uma série fotográfica sobre crucificações. Retrospectiva na Nationalgalerie em Berlim, Baden-Baden, Bonn e Viena.
1982
Série Hiroshima, com desenhos sobre fotos da cidade destruída.
1983
Continua as séries de pinturas grandes Kreuz e Totenmasken.
1984
Mort et Sacrifice, retrospectiva no Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris. Participa de Overture, exposição de abertura do Castello di Rivoli, em Turim.
1985
Interessa-se por livros de história natural do século XVIII sobre os quais executa Overdrawings e Overpaintings.
1986
A mostra Self Portraits viaja pelos Estados Unidos; exposição emAbbazia di San Gregorio, em Veneza.
1987
Participa de The Spiritual in Art: Abstract Painting 1890-1985 e Avant-Garde in the Eighties no Los Angeles County Museum of Art.
1989
Prêmio do International Center of Photography de Nova York; retrospectiva no Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Museum of Contemporary Art, Chicago; Historisches Museum der Stadt Wien, Viena.
1990/92
Castello di Rivoli, Turim, e Gemeentemuseum, Haia, Holanda. Trabalha na série Märtyrer e Katastrophen (Mártir e Catástrofe) e Angels.
1991/93
Exposições em Malmö Konsthall; Funcação de Serralves, Porto, Portugal; Menil Collection, Houston; Hessisches Landesmuseum, Darmstadt.
1993
Inauguração do Arnulf Rainer Museum em Nova York.
1993/94
Trabalha na série de pinturas Kosmos (Cosmos).
1994
Desconhecidos entram no estúdio de Rainer na Akademie der Bildenden Künste em Viena e destróem 26 pinturas.
1995
Em conseqüência disso, Rainer decide demitir-se da atividade de professor da Academia. Atualmente vive no norte da Áustria, Bavária e Viena.


Exposições individuais

1996
Arnulf Rainer Natur - Mikrokosmos Makrokosmos, Kärntner Landesgalerie, Klagenfurt, Áustria; Landesmuseum, Oldenburg, Alemanha; Isländische Nationalgalerie, Reykjavik, Islândia.
1995
Lucio Fontana - Arnulf Rainer. Öber das Bild hinaus, Museum für Moderne Kunst, Bozen; Katastrophen und Desaster, exposição itinerante em dois locais/traveling exhibition in two places, Nationalmuseum Cotroceni, Bucareste, Romênia; Brukenthal Museum, Hermannstadt, Alemanha; Arnulf Rainer Öberzeichnungen Öbermalungen, Internationales Kulturzentrum Egon Schiele, Krumau.
1994
Museum Moderner Kunst, Passau, Alemanha; Kunsthalle, Recklinghausen, Alemanha; Retrospektive, Schömer-Haus, Klosterneuburg, Áustria.
1993
Kunsthalle Dominikanerkirche, Osnabrück, Alemanha; Hessisches Landesmuseum, Darmstadt, Alemanha; Fossilien, Oberösterreichischer Kunstverein, Linz, Áustria; Moderna Galerija, Liubliana, Eslovênia.
1992
Young Cross, The Menil Collection, Houston, Estados Unidos; Kreuz-Weisen, Kunst-Station St. Peter, Colônia, Alemanha; Topografia Superiore - Carinzia/Venezia, Kärntner Landesgalerie, Klagenfurt, Áustria; Obras Recentes, Fundação de Serralves, Porto, Portugal; Cankarjev Dom, Internationales Graphikzentrum, Liubliana, Eslovênia.
1991
Malmö Konsthall; Brandenburgische Kunstsammlungen, Cottbus, Alemanha; Frühe Graphikübermalungen, Maximilianverlag, Munique, Alemanha; J. Racine, Galerie Stadler, Paris, França.
1990
Castello di Rivoli, Turim, Itália; Gemeentemuseum, Haia, Holanda; Hommage aan Vincent Van Gogh, Bonnefanten Museum, Maastricht, Holanda; Öbermalte Bücher, Städtisches Kunstmuseum, Bonn, Alemanha; Arnulf Rainer. Werke 1980-1990, Saarlandmuseum, Saarbrücken, Alemanha.
1989
Stätliche Galerie, Regensburg, Alemanha; The Self-Portraits, Sadye Bronfman Center, Montreal, Canadá; Kunstverein, Braunschweig, Alemanha; Retrospektive, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Enzyklopädie und Revolution, Festspielhaus, Bregenz; Museum of Contemporary Art, Chicago, Estados Unidos; Historisches Museum der Stadt, Viena, Áustria; Drawing on Death, Moore College of Art and Design, Filadélfia, Estados Unidos.
1988
Verdeckt - Entdeckt, Oberösterreichische Landesgalerie, Linz, Áustria; Arnulf Rainer. Werke der fünziger bis achtziger Jahre, Museen Haus Lange und Haus Esters, Krefeld, Alemanha; Neue Galerie, Staatliche und Städtliche Kunstsammlungen, Kassel, Alemanha; Zeichnungen 1949-85, Städtliches Museum, Schlo Morsbroich, Leverkusen, Alemanha.
1987
Centre Saidye Bronfman, Montreal, Canadá; Métaphores de la Mort, Magasin, Centre National d'Art Contemporain, Grenoble, França; Arnulf Rainer, Louis Soutter Die Finger malen, Musée des Beaux-Arts, Lausanne, Suíça; Schirn Kunsthalle, Frankfurt, Alemanha; Masqué - Démasqué, Musées Royaux des Beaux-Arts, Bruxelas, Bélgica; Museum Overholland, Amsterdã, Holanda.
1986
The Self-Portraits, Ritter Art Gallery, Florida Atlantic University, Boca Raton, Estados Unidos; The Grey Art Gallery and Study Center, New York University, Nova York, Estados Unidos; North Carolina Museum of Art, Raleigh, Estados Unidos; Abbazia di San Gregorio, Veneza, Itália; Umkreisen und Durchdringen: Christusgesichter/Arnulf Rainer, Neue Galerie - Sammlung Ludwig, Aachen, Alemanha.
1985
Theater/Minetti, Nationalgalerie, Berlim, Alemanha; Galerie Maeght Lelong, Zurique, Alemanha; Museum of Modern Art, Oxford, Inglaterra; Totenmasken, Galerie Ulysses, Viena, Áustria.
1984
Kunstmuseum Düsseldorf, Alemanha; Face Farces und Gesichter mit Goya, Städtliches Museum Mönchengladbach, Alemanha; Mort et Sacrifice, Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, França; Retrospektive, Stedelijk van Abbemuseum, Eindhoven, Holanda.
1983
Wilhelm-Hack-Museum, Ludwigshafen, Alemanha; Kunstmuseum Hannover mit Sammlung Sprengel, Hannover, Alemanha; Museum van Hedendaagse Kunst, Gent, Bélgica.
1982
Kruzifikationen 1951-1980, Suermondt Museum, Aachen, Alemanha; Louisiana Museum of Modern Art, Humlebaek; Hiroshima, Galerie M, Bochum, Alemanha.
1981
Staatliche Kunsthalle Baden-Baden, Alemanha; Städtliches Kunstmuseum, Bonn, Alemanha; Museum des 20. Jahrhunderts, Viena, Áustria; Retrospektive, Stedelijk van Abbemuseum, Eindhoven, Holanda; Whitechapel Art Gallery, Londres, Inglaterra; Walker Art Center, Minneapolis, Estados Unidos.
1980
Retrospektive, Nationalgalerie, Berlim, Alemanha.
1979
Frankfurter Kunstverein, Frankfurt, Alemanha; Württembergischer Kunstverein, Stuttgart, Alemanha; Frauenakte - Frauenposen, Galerie Ulysses, Viena, Áustria.
1978
Linguaggio del Corpo, Körpersprache, Body Language, Biennale di Venezia, Österreichischer Pavillon, Veneza, Itália; Totenmasken, Österreichische Galerie, Viena, Áustria.
1977
Retrospektive, Kunsthalle, Berna, Suíça; Städtliche Galerie im Lenbachhaus, Munique, Alemanha; Fotoüberzeichnungen Franz Xaver Messerschmidt, Kunstraum, Munique, Alemanha; Kestner Gesellschaft, Hanover, Alemanha.
1976
Face Farces: Fotoübermalungen und Fotoüberzeichnungen 1969-1976, Neue Galerie der Stadt Linz, Áustria; Misch- und Trennkunst, com Dieter Roth, Kulturhaus, Graz, Áustria.
1975
Arbeiten 1948-1975, Hessisches Landesmuseum, Darmstadt, Alemanha; Face Farces, Bodyposes 1968-1975, Galerie Stadler, Paris, França.
1974
Kunstverein Bremerhaven; Gestische Handmalereien, Kunstraum, Munique, Alemanha.
1973
Graphische Sammlung Albertina, Viena, Áustria.
1972
Busch-Reisinger Museum, Cambridge, Estados Unidos.
1971
Retrospektive, Kunstverein Hamburg, Hamburgo, Alemanha.
1970
Kunstverein Freiburg im Breisgau, Alemanha; Face Farces 1965-1969, Galerie Van de Loo, Munique, Alemanha; Galerie Müller exposição itinerante em dois locais: Stuttgart, Alemanha; Galerie Müller, Colônia, Alemanha.
1969
Arnulf Rainer. TRRR. Zeichnungen 1947-51, Galerie Ariadne, Viena, Áustria.
1968
Retrospektive, Museum des 20. Jahrhunderts, Viena, Áustria.
1964
Galerie Springer, Berlim, Alemanha.
1962
Galerie Schmela, Düsseldorf, Alemanha; Minami Gallery, Tóquio, Japão.
1961
Galleria del Cavallino, Veneza, Itália.
1960
Öbermalungen, Galerie nächst St. Stephan, Viena, Áustria.
1957
Monochrome Komplexe 1955 bis 1957, Wiener Secession, Viena, Áustria.
1956
Kruzifikationen, Galerie nächst St. Stephan, Viena, Áustria.
1954
Proportionsanordnungen, Galerie Würthle, Viena, Áustria.
1952
Galerie Franck, Frankfurt, Alemanha.
1951
Galerie Kleinmayr, Klagenfurt, Áustria.


Exposições coletivas

1996
Antagonismes, Centre National de la Photographie, Paris, França; Like a Crystal: Observations on Munch, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda.
1995
3rd Grand Prix of Drawing Alpe-Adria, Mücsarnok Kunsthalle, Budapeste, Hungria; Slovenská Národná Galéria, Bratislava, Eslovênia; Tanzende Mädchen, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda; Identità -Alterità, Museo Correr, Veneza, Itália.
1994
Détente, Museum des 20. Jahrhunderts, Viena, Áustria; Diskurse der Bilder, Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria; Das Einfache ist das Schwierige, Zuger Kunstgesellschaft, Kunsthaus, Zug, Suíça; Couplet 1, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda; Zeitgenossen, Kunstmuseum, Berna, Suíça; Preferirei di no - Cinque Stanze tra Arte e Depressione, Museo Correr, Veneza, Itália; The Tradition of the New: Postwar Masterpieces from the Guggenheim Collection, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; Zimmer in denen die Zeit nicht zählt - Sammlung Udo und Anette Brandhorst, Museum für Gegenwartskunst, Basiléia, Suíça; Aura, Secession, Viena, Áustria.
1993
Malerei der Widerstände, Jesuitenkirche, Galerie der Stadt Aschaffenburg, Alemanha; Der zerbrochene Spiegel, Museumsquartier Messepalast & Kunsthalle, Viena, Áustria; Régards Contemporains sur Grünewald, Musée d'Unterlinden, Colmar, França; Die Sammlung, Stedelijk Van Abbemuseum, Eindhoven, Holanda; KAIROS - Die Sammlung Otto Mauer, Dom und Diözesanmuseum, Viena, Áustria; L'Âme au Corps - Arts et Sciences 1793-1993, Galeries Nationales du Grand Palais, Paris, França.
1992
Das Jahrzehnt der Malerei - Österreich 1980-90. Sammlung Schömer, Museum der Bildenden Künste, Budapeste, Hungria; À Visage Découvert, Fondation Cartier, Paris, França; De Pont Stichting voor hedendaagse Kunst, Tilburg, Holanda; Parallel Visions: Modern Artists and Outsider Art, Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos; Bilder vom Tod, Historisches Museum der Stadt Wien, Viena, Áustria.
1991
Artist's Choice: Chuck Close, Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Un Musée en Voyage, Musée d'Art Contemporain, Lyon, França; Die Hand des Künstlers, Museum Ludwig, Colônia, Alemanha; Wien 1900 - Wien 1990, Liljevalchs Konsthall, Estocolmo, Suécia; Fuente - Juan de la Cruz 1591-1991, Nieuwe Kerk, Amsterdã, Holanda.
1990
Vienne Aujourd'hui, Museum Toulon, França; Vies d'Artistes, Musée des Beaux-Arts, Le Havre, França; Voor Vincent Van Gogh, Haags Gemeentemuseum, Haia, Holanda; Querdurch, Slowakische Nationalgalerie, Bratislava, Eslováquia; Gegenwart Ewigkeit, Martin Gropius Bau, Berlim, Alemanha.
1989
Bilderstreit, Museum Ludwig in den Rheinhallen der Kölner Messe, Colônia, Alemanha; Open Mind, Museum van Hedendaagse Kunst, Gent, Bélgica; Modern Masters, Kunsthalle Helsinki, Finlândia.
1988
The Seventh Biennale of Sidney, Art Gallery of New South Wales, Sidney, Austrália; Collection Next the Sea, Haags Gemeentemuseum, Haia, Holanda; Köln sammelt - Zeitgenössische Kunst aus Kölner Privatbesitz, Museum Ludwig, Colônia, Alemanha.
1987
Avantgarde in the Eighties, Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos; Berlinart 1961-87, The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Les Dessins Autrichiens, Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, França.
1986
Forty Years of Modern Art, Tate Gallery, Londres, Inglaterra; Europa/Amerika, Museum Ludwig, Colônia, Alemanha; The Spiritual in Art: Abstract Painting 1890-1985, Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos; Dal Profondo, Padiglione d'Arte Contemporanea, Mailand.
1985
Das Selbstportrait im Zeitalter der Photographie, Musée Cantonal des Beaux-Arts, Lausanne, Suíça; Deutsche Kunst seit 1960 -Sammlung Prinz Franz von Bayern, Staatsgalerie Moderner Kunst, Munique, Alemanha; Rennweg, Castello di Rivoli, Turim, Itália.
1984
Ouverture, Castello di Rivoli, Turim, Itália; Content. A Contemporary Focus 1974-84, Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Smithsonian Institution, Washington DC, Estados Unidos.
1983
Acquisition Priorities: Aspects of Postwar Painting in Europe, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos.
1982
Körperzeichen Österreich, Kunstmuseum, Winterthur, Suíça.
1980
Printed Art: A View of Two Decades, The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; Wendepunkt. Kunst in Europa um 1960, Museum Haus Lange, Krefeld, Alemanha; L'Arte Negli Anni Settanta, Biennale di Venezia, Veneza, Itália.
1979
European Dialogue: The Third Biennale of Sydney, Art Gallery of New South Wales, Sidney, Austrália; Zeichen setzen durch Zeichnen, Hamburger Kunstverein, Hamburgo, Alemanha.
1978
Museum of Drawers, Los Angeles Institute of Contemporary Art, Los Angeles, Estados Unidos; Positionen der Zeichnung in Österreich, Gesellschaft der Freunde junger Kunst, Baden-Baden, Alemanha.
1977
Malerei und Photographie im Dialog, Kunsthaus, Zurique, Suíça; Documenta 6, Kassel, Alemanha; Rosc 77, Dublin, Irlanda.
1976
Parallelaktion. Neue Kunst aus Österreich, Von der Heydt-Museum, Wuppertal, Alemanha; Identité/Identifications, Centre d'Arts Plastiques Contemporains, Bordeaux, França.
1975
Bodyworks, Museum of Contemporary Art, Chicago, Estados Unidos; Je/Nous, Musée d'Ixelles, Bruxelas, Bélgica; Anfänge des Informel in Österreich 1949-53, Kulturhaus, Graz, Áustria.
1974
La Ricerca dell'Identità, Palazzo Reale, Mailand; Surrealität - Bildrealität, Städtliche Kunsthalle, Düsseldorf, Alemanha.
1973
Sammlung Cremer, Kunsthalle, Tübingen, Alemanha; Medium Photographie, Städtliches Museum, Leverkusen, Alemanha; Kunst aus Photographie, Kunstverein Hannover, Alemanha; Körpersprache/Bodylanguage, Steirischer Herbst, Graz, Áustria.
1972
Weltkulturen und Moderne Kunst, Haus der Kunst, Munique, Alemanha, Documenta 5, Kassel, Alemanha.
1971
75 Years Vienna Secession, Royal Academy, Londres, Inglaterra; Rosc 71, Dublin, Irlanda.
1968
1st Graphic Biennial, Art Gallery International, Buenos Aires, Argentina.
1967
9th Tokyo Biennial, Tóquio, Japão; Carnegie International, Museum of Art, Pittsburgh, Estados Unidos.
1966
Labyrinthe, Akademie der Künste, Berlim, Alemanha; 2e Salon International des Galeries Pilotes, Lausanne, Suíça.
1964
Guggenheim International Award Exhibition, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, Estados Unidos; 1. Internationale der Zeichnung, Darmstadt, Alemanha.
1963
Schrift und Bild, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda; Contemporary Trends in Painting, National Museum of Modern Art, Kyoto, Japão; Idole und Dämonen, Museum des 20. Jahrhunderts, Viena, Áustria.
1962
Kunst von 1900 bis heute, Museum des 20. Jahrhunderts, Viena, Áustria.
1961
Sammlung Schulze-Vellinghausen, Städtliche Kunstgalerie, Bochum, Alemanha; Österreichische Kunst des 20. Jahrhunderts, Arts Council Gallery, Londres, Inglaterra.
1960
5th International Hallmark Award, Nova York, Estados Unidos; Galerie Springer, Berlim, Alemanha.
1959
Documenta 2, Kassel, Alemanha.
1957
Wiener Secession, Kunstverein, Düsseldorf, Alemanha; Völkerkundemuseum, Hamburgo, Alemanha.
1956
Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, França.
1953
German Graphic, Art Institute Chicago, Estados Unidos.
1952
Sammlung Domnick, Staatsgalerie Stuttgart, Alemanha.
1951
Hundsgruppenausstellung, Institut für Wissenschaft und Kunst, Viena, Áustria.